quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A ILHA - MARJORIE SALU


by Marjorie Salu
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
“Aliança para o atraso: Aliança do petismo com o kirchnerismo produziu estagnação, inflação e paralisia do Mercosul” (Editorial do Estadão)
Quando ainda estava no curso primário (primeiro grau) meu professor de Geografia ensinava que a Austrália era uma ilha, e que havia uma polêmica se deveria ser considerada um continente. Os estudos atuais para acabar com as discussões consideram-na uma 'Ilha-Continente'.
Assim, os alfarrábios modernos registram que a maior ilha do mundo é a Groenlândia, uma imensa massa de gelo perto do Pólo Norte. Isto, do ponto de vista geográfico, porque agora a maior ilha política e econômica é o Brasil, que ficou de fora do acordo estratégico do Transpacífico.
A assinatura do acordo estratégico do Transpacífico de Associação Econômica criou a maior zona de livre comércio do mundo, com a adesão de doze países: Austrália, Brunei, Canadá, Chile, Cingapura, Estados Unidos, Japão, Malásia, México, Nova Zelândia, Peru e Vietnã.
Este aglomerado representa 40% do PIB mundial, fazendo-nos lamentar que a diplomacia nanica do Itamaraty “do B”, chefiado por um comissário bolivariano prefira dar as mãos aos países narco-populistas da América Latina e as ditaduras africanas.
Nossa lamentação só é consolada pela lembrança de que, em boa hora – e a inteligência inegável do povo judeu – o chanceler do Estado de Israel deu esta classificação de “diplomacia nanica” à política externa do PT-governo.
Temos então um paradoxo: a grande ilha Brasil, cercada de incompetentes e/ou ideólogos desengonçados do lulo-petismo, é um anão. Como se sabe, o nanismo é conseqüência de um problema hormonal que não deixa o corpo crescer, é o hormônio da política nacional, a substância da incompetência, da mentira e da roubalheira implantadas pelo lulo-petismo no País.
É a visão estreita e xenofobia que impede o Brasil de se desenvolver como deveria. Vejam bem: Poderíamos compor como país líder da América Latina, o Transpacífico, como faz o Chile, o México e o Peru... Enquanto isso ficamos marcando passo no que o editorialista do jornal Estado de São Paulo classifica de “Aliança para o Atraso”.
Em vez de participar da maior zona de livre comércio do mundo, ficamos entocados como ratos magros no Mercado Comum do Sul (Mercosul), um bloco de mentirinha para dar emprego a diplomatas e viagens a ministros e parlamentares. Nada mais.
A insignificância do Mercosul a nível internacional é tanta que a União Européia já estuda criar tratado de livre comércio e estabelecer laços comerciais a mais de cinco anos. Na verdade, a mendicância ideológica dos países componentes, reflete-se no Brasil, a qualidade mesquinha dos ocupantes da presidência da República, Lula e seu “Poste Falante”, Dilma, falastrona indiscreta, ignorante e “idiomicida”.
O PT-governo nem está aí para cuidar do País e do Povo. Preocupa-se apenas em salvar da condenação pelo impeachment da Presidente que, além do estelionato eleitoral, da leniência com a corrupção, cometeu um grave crime contra a Lei de Responsabilidade Fiscal e, em conseqüência, à Constituição.
E enquanto assistimos a esbórnia governamental lulo-petista, China, Índia, Rússia e a África do Sul acenam para uma aproximação com o Transpacífico, mesmo na condição de observadores, pleiteando associar-se ao mercado de 800 milhões de consumidores.
Encontrei a fotografia em grande angular da Ilha Brasil e seu governo ineficiente numa notinha saída da BBC/Brasil, descrevendo a euforia do PT-governo com a adesão da Bolívia ao Mercosul... 0 + 0 = 0!

Desarranjo de compadres - PATRÍCIA BUENO


Créditos: Band
Créditos: Band
por PATRÍCIA BUENO*
Assinei o pedido registrado em cartório e na Câmara Federal paraimpeachment da presidente. Em nome do movimento que dirijo e da minha consciência, sobretudo. Tem horas que o melhor é nos aborrecer com outras figuras da política. E a presidência da Câmara Federal, terceira autoridade pública a assumir a presidência da República na falta do vice-presidente, precisa ser trocada. A quantidade de acusações noticiadas pelos vazamentos via imprensa exige o afastamento de quem deveria conduzir a Nação e liderar sem qualquer nódoa o Poder Legislativo. Aqui, transformam o escândalo em razão para a fortalecimento da politicalha.
O Partido dos Trabalhadores, desconfiávamos, desbotou seu vermelho desde sua primeira conquista presidencial. Abraçou o PMDB e a maioria dos partidos que nasceram da lei que transforma bandeiras políticas em balcão de negociatas. A aliança com bases no oportunismo de ocasião representava o selo de governabilidade que o PT sempre buscara. O PT, por favor admitam, desceu à fossa para qual odor sempre apontou um tipo de J´Accuse, matreiro, sabemos hoje.
O PT mensalou para manter maioria no Congresso, enquanto o PMDB irrigava, com recursos públicos, os inúmeros currais eleitorais que garantem a eleição de uma das maiores bancadas do Congresso e da qual vários integrantes são citados como beneficiários desta, repito, irrigação irregular de dinheiro nos esquemas investidados a partir de Curitiba.
Mas este tratado de dilapidação de recursos públicos para fins a serem explicados começou a ter maiores problemas. Aliás, como tudo que envolve politiqueira. Ninguém prestou muita atenção, mas a desavença começou quando o PT tentou emplacar decreto que previa a criação de conselhos populares para, dentre outros objetivos vagos, “consolidar a participação social como método de governo”.
Na Ciência Política, sabe-se que a criação de conselhos é estratégia para falsear a representatividade de diversos setores da sociedade. E que tal sistema, a exemplo da Venezuela, pode retirar poder dos representantes eleitos no Executivo e no Legislativo e transferí-lo a membros da sociedade civil, tais como coletivos, movimentos sociais e outros grupos tradicionalmente amigos do PT.
Os conselhos foram repudiados por parte da sociedade e pelos deputados, mas o PT necessitava “construir hegemonia na sociedade”. Precisava para isso submeter o Congresso, tinha inclusive que dominar o seu até então aliado. As tentativas petistas de diminuição do poder do PMDB foram várias, aventaram a criação de novo partido para atrair parlamentares do PMDB, excluíram o “amigo” de vários ministérios, disputaram o controle do Senado e da Câmara.
A aliança estremeceu. O ensaio do PT falhou, o PMDB conquistou as duas Casas do Congresso e ainda colocou na presidência da Câmara inimigo histórico do PT, Eduardo Cunha.
Poderia ser apenas mais um pequeno desarranjo entre compadres a ser “tradicionalmente” resolvido, mas a desaprovação popular acompanhada por vários pedidos de impeachment colocaram o mandato de Dilma em risco. A fatura dessa vez foi muito alta, pois, caindo Dilma – pelos votos do Congresso -, assume o seu vice – Michel Temer – que é do PMDB. O PT teve de entregar seus principais ministérios ao amigo habitual.
Para fraturar o PMDB, foi-se à caixinha das maldades do mercado de informações, no qual tudo se sabe e se guarda para o melhor momento da venda e troca que é a política. A pressão veio pelas denúncias contra Cunha, apresentadas de maneira célere. Agora, o presidente da Câmara, que autorizaria o início do impeachment de Dilma, também está com seu mandato em risco.
Os dois lutam por sua sobrevivência política, enquanto parte do PMDB quer manter ministérios conquistados, parte quer o controle do Brasil. Novas alianças e ataques são diariamente feitos, mas o que acontecerá dependerá do abraço ou mata-leão que os sempre amigos Dilma e Cunha, PT e PMDB se derem. Este é o Brasil, governado pela ocasião das alianças.
Enquanto isso, um brasileiro morre assassinado a cada onze minutos; aguarda-se até onze horas para ser atendido nos hospitais públicos e umas três nos privados; um quinto das residências deste país tem gente que não trabalha; as vendas caem em todos os setores; e querem aumentar impostos para garantia das benesses de quem está no Poder.
*Patrícia Bueno é mestre em Direito político e econômico e diretora-executiva do Movimento Endireita Brasil.

Quem matará a Sexta República? - GABRIEL MENEGALE

Gabriel Menegale

Gabriel Menegale

Ex-conselheiro executivo do Estudantes pela Liberdade e ex-assessor do Instituto Liberal. Atualmente, cursa a graduação de Comunicação Social com habilitação em Publicidade e Propaganda pelo Ibmec/RJ, de onde já foi agraciado por três prêmios "Ibmec Excelência Acadêmica"

A ANTA - by Miranda Sá



MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Um deputado idiota propôs a criação do “Dia do Saci” e outro, tanto ou mais, apresentou o projeto para comemorar a data com caráter xenófobo, querendo confrontá-la com a festa do Halloween importada dos EUA.
Dá para imaginar a origem deste besteirol: A proposta foi de Aldo Rebelo (PCdoB) e o projeto elaborado por Chico Alencar (PSOL) e Ângela Guadagnin (PT), uma trinca extraterrestre que acredita enfrentar dessa maneira o “imperialismo”. Desconhecem que o Halloween tem uma origem muitas vezes secular, de origem celta.
A mania dessas efemérides também ocorre nas ONGs World Land Trust Rainforest Trust, que criaram o Dia da Anta, comemorado no próximo dia 31 de outubro. Com a defesa das baleias desgastada, os “ambientalistas” gringos prometem preservar as antas ameaçadas de extinção.
Yes, nós temos anta!  O mamífero brasileiro da família Tapiridae, Tapirus terrestris. O engraçado é que os tupis chamavam-na de “tapir”, derivado do original tapi'ira, e assim entrou na classificação zoológica. Entretanto,  adotamos o termo “anta” que vem do árabe “lamta”. E assim o “imperialismo lingüístico” se firmou...
O corpo da anta brasileira tem o formato parecido com os porcos, o que nos leva à “Revolução dos Bichos”, de George Orwell, de onde parece que derivou o apelido de “Anta” conferido à presidente Dilma.
Alcunhas são tradicionalmente atribuídas a presidentes brasileiros. Lembro que Getúlio Vargas era chamado de “Gêgê”; Eurico Dutra, “Caneco”; Juscelino Kubistchek, “Pé de Valsa”; Itamar Franco, Topetão”; e, José Sarney, “Madre Superiora”... Dos militares, desconheço, por que ficaram restritos à caserna.
No caso de Dilma, parece que veio do seu modo de andar desajeitado, mesmo agora que emagreceu; dizem, porém que nasceu do alheamento igual ao do animal homônimo, conforme registram os caçadores.
Os gozadores intelectualizados das redes sociais garantem que é mesmo uma alusão aos porcos humanizados de Orwell que traíram a revolução, como fez o Partido dos Trabalhadores cujo programa original se degenerou ao chegar ao poder.
Prefiro a primeira versão, o tédio de Dilma pela coisa pública. É notável a sua alienação nos problemas políticos e econômicos, uma indiferença por tudo que lhe cerca como as tenebrosas transações urdidas na Casa Civil, ao lado de seu gabinete.
Para reforçar a distração dos tapires, atribuem a Dilma presunção de inocência nos escândalos criminosos da Petrobras, quando, presidente do Conselho, assinou a compra da Refinaria de Pasadena e, como ministra, fazendo nomeações nada ortodoxas.
Sinceramente, nesta selva em que o Brasil se transformou na Era Lulo-Petista, vemos muitas cobras e lagartos; e não é difícil descobrir também camaleões mudando de cor conforme as circunstâncias...
Vivendo infelizmente no matagal da pelegagem, ouvi o comentário de um vizinho referindo-se aos bons tempos do Rio, sem violência, sem sujeira nas ruas, com assistência de saúde e escolas públicas de qualidade. Ele disse que tinha saudade dos “tempos do onça”, expressão que há muito tempo não ouvia... Lembrei-me até de um frevo (acho que do Capiba) que cantava “Soltaram a Onça, corre todo mundo”...
Na verdade, o “Tempo do Onça” é mais antigo, do início do século 18. “Onça” era o apelido dado ao governador do Rio de Janeiro, Luiz Vahia Monteiro, que governou com improbidade e rigoroso cumprimento das leis, sendo por isto respeitado pelo povo.
Os sucessores de Luiz Vahia não herdaram suas qualidades, e a população revoltou-se diante da falta de honradez, a insegurança e o abandono da capital, suspirando nos quatro cantos do Rio: “Ah, no tempo do Onça é que era bom!”.
No nosso caso não e lamentação, é revolta. Está insuportável ver-se o País no abandono, entregue a uma organização criminosa e uma governanta desacreditada, levando até nos discursos pronunciados na ONU suas mentiras compulsivas. Em vez de manifestar mágoa, temos ódio, queremos esquecer em breve “o tempo da Anta”!

Ricardo Setti: 'Ninguém mais leva Dilma a sério'