sábado, 27 de abril de 2013

Governos do PT e petistas apoiam os vários assaltos ao Judiciário na América Latina; trata-se de uma estratégia


sexta-feira, 26 de abril de 2013



o Foro de São Paulo” — a entidade que reúne partidos de esquerda da América Latina e Caribe, Foi criado em 1990 por Luiz Inácio Lula da Silva e Fidel Castro e se reuniu, pela primeira vez, na capital paulista — daí o nome. Junta agremiações que disputam eleições, como o PT; partidos que se impõem pelo terror e pela ditadura, como o Comunista de Cuba, e adeptos da luta armada, como os narcoterroristas das Farc. Oficialmente ao menos, esses nazistóides das matas deixaram o Foro. Mas o grupo continua a reconhecê-los como uma força legítima, que luta por igualdade e socialismo… Então tá. O Foro existe ou é, como faz crer a grande imprensa brasileira por sua omissão, apenas um delírio de alguns paranoicos? Antes que dê sequência ao texto, quero aqui lembrar algumas ocorrências em países da América Latina.
Honduras
Lembram-se do chapeludo Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras? Tentou dar um golpe e foi destituído, segundo o que estabelece a Constituição hondurenha, o que foi referendado pela Justiça do país. Os bolivarianos se levantaram em sua defesa, com o apoio do Brasil, e tentaram insuflar uma guerra civil no país. Não deu certo. O Brasil se negou, por um bom tempo, a reconhecer o presidente eleito legitimamente que se seguiu ao transitório. No fim das contas, que importância havia no fato de que Zelaya tentara rasgar o texto constitucional, sendo contido pela própria Constituição? O Brasil manteve o seu apoio ao aloprado mesmo quando ele começou a dizer que os judeus estavam perturbando a sua mente com aparelhos que emitiam ondas malignas. Sim, o petismo já se meteu nesse lixo.
Equador-Colômbia
Comprovadamente, o Equador violava leis internacionais e dava abrigo às Farc. A Colômbia atacou um acampamento de narcoterroritas em solo equatoriano — e cumpria indagar quem, de fato, agredia quem, não é? O Brasil se solidarizou com Rafael Correa, o acoitador de terroristas do Equador. As leis que se danassem. Marco Aurélio "Top Top" Garcia chegou a prever, então, o “isolamento” do presidente Alvaro Uribe no Continente. O Brasil exigia que a Colômbia se desculpasse por ter sido… agredida! Correa deu início a uma implacável perseguição da imprensa livre em seu país.
Paraguai
Fenando Lugo foi deposto no Paraguai segundo a Constituição do país. Se o Brasil não gosta dela, isso é outra história. É possível que alguns países não gostem da nossa. Dilma não quer nem saber. Deu de ombros para o fato de que o país tem uma ordem constitucional e um Poder Judiciário e decidiu puni-lo, suspendendo-o do Mercosul. Fez isso em parceria com Cristina Kirchner (que acaba de estropiar a Justiça em seu próprio país). Com o Paraguai suspenso, aprovou-se o ingresso na Venezuela no grupo.
Venezuela
O Brasil apoiou todos os sucessivos golpes na democracia dados por Chávez por intermédio de eleições. O mais recente escândalo legal do chavismo foi a posse interina de Nicolás Maduro, o que viola, atenção!, até mesmo a Constituição bolivariana. O Brasil não viu nada de errado no processo.
Nicarágua
Na Nicarágua, o orelhudo Daniel Ortega deu um golpe institucional pelo caminho judicial. Também ele conseguiu abrir caminho para a reeleição ilimitada. O artigo 147 da Constituição do país proibia expressamente a reeleição. Estava escrito lá: “El que ejerciere o hubiere ejercido en propiedad la Presidencia de la República en cualquier tiempo del período en que se efectúa la elección para el período siguiente, ni el que la hubiera ejercido por dos períodos presidenciales.” Alguma dúvida a respeito disso? O que fizeram os “magistrados sandinistas” (essas duas palavras são tão compatíveis como “pérolas e porcos”) da Suprema Corte de Justiça? Declararam a restrição sem efeito. Simples assim! O país tem uma Constituição, e uma parcela do Judiciário diz que parte dela não vale mais. Pronto!
Bolívia
Evo Morales também não está nem aí para as leis, digam elas respeito aos bolivianos ou aos vizinhos, especialmente o Brasil. Rasgou contratos de fornecimento de gás e impôs reajuste unilaterais de preço, tomou uma refinaria da Petrobras num assalto militar, mantém sequestrados 12 brasileiros… O BNDES lhe emprestou dinheiro para construir uma estrada que facilita o transporte de folha de coca. E não é para mascar.
Argentina
Cristina Kirchner anda descontente com algumas decisões do Judiciário. Não teve dúvida, resolver impor uma reforma. Agora, uma parte do Conselho da Magistratura será escolhida em eleições diretas. O projeto, que já tinha sido aprovado pelo Senado, também dificulta a concessão de liminares contra decisão do Estado.
O Foro de São Paulo existe?
Existe, sim! E como! Hoje, 16 países são governados por forças políticas que têm assento naquela instância: além do Brasil, há Argentina, Barbados, Belize, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. A secretaria-geral está a cargo do PT, e seu representante é Valter Pomar, da ala esquerda do petismo e membro da Executiva Nacional do partido. Atenção! enfrentar o judiciário, quebrar a espinha dos juízes, submeter a Justiça ao poder político é uma agenda do Foro de São Paulo. Trata-se de uma diretriz. Não é por acaso que o governo brasileiro, nos casos acima, tenha se solidarizado sempre com os bandidos contra os mocinhos… É claro que recorro a uma ironia. Em política, os lados não são assim tão puros. A pergunta que faço, então, é a seguinte: os petistas escolheram a democracia nesses confrontos? A resposta é óbvia: não! Assim, cumpre não ser ingênuo. Quando o senhor Nazareno Fonteles propõe uma emenda como aquela, está, na verdade, se adequando a uma diretriz que é supranacional: eliminar o que eles chamam por lá de “bolsões reacionário dos respectivos Poderes Judiciários” da América Latina é uma tarefa. O PT não logrou conseguir o que pretendia com a simples nomeação de pessoas consideradas aliadas da causa. Quer criar um mecanismo estrutural que garanta a fidelidade do Poder ao partido. José Dirceu e suas milícias na Internet acusam a imprensa de “intimidar” os ministros do Supremo. Ou, então, dizem que os próprios ministros se deixam influenciar pela “mídia”. O plano de encabrestamento do Judiciário, por aqui, era mais sutil. Mas não deu tão certo como pretendiam. Aí alguém decidiu que era chegada a hora de se inspirar nos “companheiros” do Foro e perder a timidez; era chegada a hora do assalto mesmo. Ah, sim. O próximo encontro do Foro já está marcado: de 30 de julho a 4 de agosto. Em São Paulo.

CHARGE DO AMORIM

Era uma vez uma Democracia...



Posted: 26 Apr 2013 06:51 AM PDT

Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Valmir Fonseca
No Brasil, desde a Proclamação da República, a democracia tem sido mais ou menos; às vezes mais e noutras menos.
Em todas as menos, nunca tão manipulada como agora.
Na atualidade, os princípios apregoados por Montesquieu são contrariados escandalosa e descabidamente.
Como sabemos a sociedade nacional é vergonhosamente autista, boa de bola, de samba, de folia, de circo, de sexo desenfreado, de feriado, mas no restante, de uma imbecilidade exemplar.
Em sua incompetência para coisas fundamentais, sempre dependeu da boa vontade dos poderes superiores, em especial do Executivo, que tornou – se o seu grande guru.
Portanto, a célebre frase do “... faça tudo pela nação...” ou similar, que se tornou para o nativo, uma hilária piada, que prefere “... dependa ao máximo da nação que o chefe do executivo vai quebrar o seu galho...” ou similar.
Dessa forma, apesar do equilíbrio preconizado por Montesquieu, que seria proporcionado pelo tripé dos três poderes, despudoradamente, foi permitido o domínio do Poder Executivo sobre os demais.
Com o decorrer dos anos, seja por inconsciência boçal da sociedade, seja por subserviência dos demais Poderes, o Executivo nacional, literalmente arvorou – se como o dono do País, pois os outros, forçada ou altruisticamente foram concedendo ao Executivo, até mesmo, constitucionalmente, o poder maior.
Até aqui, nenhuma novidade; contudo, no sentido de estabelecer uma tirania aproveitando - se da própria democracia, o Executivo atual, facilmente, com vários instrumentos e subterfúgios, a oferta de sinecuras nos 39 (inexplicáveis) ministérios, recursos para os parlamentares da oposição, até o fornecimento gracioso de cargos na administração publica (é por isso que privatizar é muito bom), já tem o Legislativo inteiramente a cabresto.
Quanto ao Judiciário, ele possui no seu patamar como representante nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF), que tem os seus magistrados escolhidos pelo Executivo, ou seja, aquele Poder, evidentemente, nomeará aqueles que lhes são simpáticos ou submissos.
Assim, caminhamos, aceleradamente, para uma tirania como a de Chávez, gloriosamente carimbada como lapidar “democracia”.
É flagrante que dificilmente surgirá no seio do Legislativo qualquer reação aos interesses do Executivo, pois significará para os rebeldes, a perda de recursos, de cargos e de uma infinidade de benesses que o Poder poderá aquinhoá - los.
No Judiciário, a situação é mais delicada, menos maleável e subordinada aos princípios de determinados magistrados que poderão, investidos no mais alto nível de seu cargo e de sua importância, não aceitarem este vergonhoso servilismo.
Atentamente, o desgoverno, insatisfeito com os resultados do julgamento do mensalão, pela condenação de seus principais próceres e, mesmo de alguns parlamentares seus, estes legalmente afastados dos seus cargos, decidiu, através de seus correligionários homiziados no Poder Legislativo, investir contra o Poder Judiciário.
Na tétrica elucubração da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e com o objetivo de anular o julgamento e, ao mesmo tempo, desmoralizar o STF, foi “parida” uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC).
A PEC 33 é uma escandalosa medida para subordinar as decisões soberanas do Poder Judiciário aos interesses do Poder Legislativo.
A PEC, se aprovada, e tudo indica que será de goleada, na prática retira do Judiciário toda a sua autonomia e, se antes, já bamboleávamos com o nosso fajuto tripé democrático, agora teremos o seu réquiem definitivo, pois mal e parcamente viveremos sob a total e perigosa tutela e o desmando de um poder sem qualquer limite.
Ao que tudo indica, é disso que o jeitoso povaréu que perdeu, em maior ou menor grau, a relação com os dados e as exigências do mundo circundante, gosta.

Valmir Fonseca Azevedo Pereira, Presidente do Ternuma, é General de Brigada Reformado.

EMPRESÁRIO DE SUCESSO: JACOB PÉTRY



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Jacob Pétry é brasileiro radicado nos Estados Unidos. É autor dos livros O Céu é de PedraIlusões RebeldesAs GêmeasO Enigma da Mudança, (este em co-autoria com o sociólogo Valdir Bündchen),  O Óbvio que Ignoramos e Ninguém Enriquece por Acaso.
Fez sua graduação em filosofia, com enfoque em Karl Popper. Também aprofundou estudos em Sócrates, Platão, Rousseau, Descartes, Nietzsche e no ensaísta francês Michel de Montaigne.
Já residiu na Holanda e Espanha e atualmente vive em Nova Jersey, EUA, onde, ao longo dos últimos anos, dedicou-se ao estudo da psicologia da cognição humana, relacionando-a ao comportamento das pessoas que alcançam resultados extraordinários na vida.
O Óbvio que Ignoramos e Ninguém Enriquece por Acaso, seus livros mais recentes, são as obras onde revela suas descobertas nesse campo.
Em junho de 2013, estará lançando seu livro novo, em co-autoria com o Valdir Bündchen que é mestre em sociologia, conferencista, diretor do projeto Água Limpa que é reconhecido nacionalmente, e além disso, é o pai da Gisele Bündchen. O livro se chamará Singular – O Poder de Ser Diferente
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“A LEI DO SUCESSO” é um curso prático que reúne as 16 poderosas lições que são as bases de toda filosofia de Napoleon Hill, o maior gênio na área da realiza­ção pessoal e psicologia aplicada de todos os tempos. Incontáveis milionários, líderes e grandes personalidades do mundo inteiro atri­buem seu sucesso à aplicação prática dos princípios elaborados por Hill.
Agora, pela primeira vez na história, o conhecimento e a sabedoria de Hill pre­sentes neste livro foram condensados por um dos maiores estudiosos de sua obra com o propósito de oferecer uma síntese prática de suas lições. Um legado que se mantém tão importante e atual nos dias de hoje, quanto no período de sua publicação, conforme pode ser observado em algumas de suas máximas:
• Quem não tem um propósito de vida dissipa suas energias, dispersa seus pensa­mentos e jamais chegará ao triunfo.
• Sem o poder para transformá-los em ação, os planos não servem para nada.
• Você não pode vencer sozinho, mas também não pode vencer rodeado por pes­soas desleais e sem motivação.
• Se você quer desenvolver o seu potencial precisa assumir responsabilidade total sobre sua vida.
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Por que algumas pessoas parecem ter nascido para a sorte e o sucesso? O que vem à mente quando pensamos no que faz com que algumas pessoas tenham sucesso e outras não? Destino? Oportunidades? Educação? Inteligência? Sorte? Hábitos? Potencial?. Em “O Óbvio que Ignoramos” o jornalista e filósofo Jacob Pétry mostra que nenhum desses fatores é determinante nos resultados que alcançamos. E que, tampouco, há um fator místico ou mágico que faz com que algumas pessoas se tornem ricas, saudáveis, felizes, vivendo uma vida cheia de sentido, enquanto outras nunca encontram o seu espaço.
Com uma extraordinária habilidade de integrar ideias de diferentes disciplinas, o autor derruba inúmeros mitos sobre sucesso e fracasso e chega a revelações surpreendentes sobre os problemas que interferem na realização do nosso potencial. Usando exemplos concretos de pessoas como Gisele Bündchen, Elizabeth Gilbert, John Kennedy, entre muitos outros, o autor nos mostra o que diferencia as pessoas com resultados extraordinários das demais: princípios simples e óbvios, mas geralmente ignorados pela maioria. Pessoas de sucesso seguem uma lógica óbvia e simples, mas muito poderosa.
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Ninguém Enriquece por Acaso apresenta uma compreensão nova dos motivos que fazem com que uma pequena minoria pareça não ter limites para suas realizações enquanto muitos de nós dificilmente conseguem sair do lugar. Neste livro, o autor não apenas nos convence de que o caminho para a riqueza pode ser explorado por qualquer um, mas também nos oferece as ferramentas necessárias para dar início a esse processo imediatamente.

XÔ PUXA-SACO!



Giulio Sanmartini
Hoje se entende, que o saco puxado é aquele escrotal, todavia, a expressão, em seu início, nada tinha a ver com os ditos cujos.
Tratou-se de um jargão militar. Surgiu porque os oficiais, estando em viagem, costumavam levar sua bagagem dentro de um saco bem grande e este era carregado por soldados rasos, chamados de puxa-sacos.
Na seara governamental petistas, esse grupo e comando pelo ministro Extraordinário do Puxa-Saquismo Explícito. Mas esse  biltre  exagerou nas bajulações, irritando a chefona que o admoestou como pode se ver na foto abaixo.puxa saquismo
A música hino dessa abjeta categoria é “O Cordão dos Puxa Saco” de Roberto Martins e Frazão (1945), contudo a que segue é mais moderna e também diz mais sobre a situação: clique para acesso ao vídeo: Puxa Saco –Música engraçado de mais

POR FALAR EM GOLPE



            Percival Puggina
            Para a maior parte das pessoas, as principais normas que orientam a organização do Estado e a vida política se tornam conhecidas pela vivência. Uma das consequências desse empirismo está em ser ele, tantas vezes, adotado como padrão para julgar, politicamente, normas, modelos e situações vividas por outros povos. Atribui-se, assim, caráter geral a algo particular - a própria experiência e modo de fazer.
            Em virtude do que descrevi, quase todo mundo, na América Latina, avaliou como golpe a destituição de Fernando Lugo, presidente do Paraguai, dez meses antes do término do mandato. No entanto, a Constituição paraguaia contém um preceito segundo o qual o governante, diferentemente do Brasil, não é senhor absoluto do seu tempo de mandato, podendo ser afastado por mau desempenho de suas funções. E Lugo foi retirado do posto por esse motivo - vinha sendo um mau presidente. É claro que Dilma, Cristina Kirchner e José Mujica sabiam disso, mas Lugo era aliado ideológico. E aliado ideológico sempre tem razão. Até Fidel Castro. As histórias reais, apesar de conhecidas, jamais são contadas.
            As eleições do último domingo ajudam a entender a questão. Elas mostraram que a esquerda paraguaia, somadas suas ramificações, mal passou dos 10% dos votos. Nesse caso, deve-se indagar: como foi possível, em 2008, a eleição de alguém como Fernando Lugo? Explico. Depois de seis décadas consecutivas de predomínio do Partido Colorado (direita), naquela eleição, o eternamente oposicionista Partido Liberal Radical Autêntico (centro-direita e segunda maior legenda do país) buscou Lugo para ser seu candidato. E ele conquistou a vitória somando três fatores: o importante peso dos liberais, o desgaste dos sucessivos governos colorados e o carisma do bispo, até então homem de boa fama e imagem numa sociedade em que os católicos representam 90%  da população.
            No entanto, o novo presidente, a exemplo de todo extremista, chegou ao poder como se houvesse vencido uma revolução, ou como se tivesse sido consagrado pelo eleitorado numa coligação de iguais. Não era bem assim. O sucesso da aliança que encabeçava nada tinha a ver com suas preferências ideológicas. E Lugo foi perdendo, ao longo de quatro anos, toda sustentação política, tornando-se alvo natural do artigo 225 da Constituição paraguaia, segundo o qual o presidente (e, como ele, diversas outras autoridades) "pode ser submetido a julgamento político por mau desempenho, delitos cometidos no desempenho do cargo e delitos comuns". Tivéssemos um preceito semelhante na nossa Constituição, teríamos nos livrado mais rapidamente de certas malas sem alça e evitado muita tropa na rua ao longo da nossa história republicana.
            A proposição de perda do cargo foi formulada contra Lugo, na Câmara dos Deputados, com apenas um voto em contrário. Foi aprovada pelo Senado por 39 a 4. E foi confirmada pela Suprema Corte. Por ter sido um ato juridicamente perfeito, não tendo Lugo sustentação política para continuar no exercício de seu cargo, não houve a mais tênue anormalidade na vida do país. Sequer um tomate foi jogado em quem quer que fosse. A mesma Constituição que lhe abriu a porta de entrada, abriu a de saída. O Paraguai prosseguiu sua vida, como nação soberana, presidido pelo vice-presidente constitucional. As eleições deste domingo consagraram uma vitória folgada do Partido Colorado.
            Resumindo. Dilma, Cristina e Mujica valeram-se da situação criada com o afastamento de Lugo para aplicarem um golpe, um golpe mesmo, no Paraguai. Alegando inconformidade com aquela decisão de uma nação soberana que não lhes pediu opinião, expulsaram o Paraguai do Mercosul e aprovaram, ato contínuo, a entrada da Venezuela, cuja admissão vinha sendo, até ali, sistematicamente vetada pelo parlamento paraguaio. Evidenciou-se, assim, o verdadeiro motivo do procedimento adotado contra o país vizinho. Era preciso. Era preciso proclamar ilícito o que era lícito para tirar o Paraguai com o cotovelo e trazer, pela mão, a Venezuela. Foi trambique. 
Foi golpe. Foi um golpe aplicado às regras do Mercosul para admitir nos negócios do bloco o parceiro ideológico venezuelano. Coisas do PT no poder, sempre enredando gostos e interesses do partido nos negócios de Estado.
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Percival Puggina (68) é arquiteto, empresário, escritor, titular do site www.puggina.org, articulista de Zero Hora e de dezenas de jornais e sites no país, autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia e Pombas e Gaviões.