sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

38 trabalhos acadêmicos sobre o mercado imobiliário

FONTE: Marketing Imobiliário

Leitores me perguntam frequentemente dicas de livros e artigos para o desenvolvimento de materiais acadêmicos. Pera ajudá-los criei uma lista com 38 deles que certamente vale a leitura não somente para os estudantes, como também para quem quer se aprofundar no mercado imobiliário.


Boa leitura!


1. Mercado Imobiliário e o padrão periférico de moradia: Porto Alegre e sua região metropolitana
2. Mobilidade residencial na cidade do Rio de Janeiro - Considerações sobre os setores formal e informal do mercado imobiliário.
3. Mercado Imobiliário e as amenidades urbanas
4. Efeito do espaço sobre o social na metrópole brasileira
5. Novos produtos imobiliários e reestruturação urbana
6. O mercado imobiliário residencial da região metropolitana de São Paulo
7. Tecido urbano e mercado imob. de São Paulo
8. Externalidades e formação de preços no mercado imobiliário urbano brasileiro.
9. O mercado imobiliário antecipa as alterações na estrutura dos bairro? Evidências do caso de SP
10. Atributos que configuram qualidade às localizações residenciais
11. O uso do You Tube como ferramenta de marketing - Estudo de caso da Tecnisa
12. Mercado para imóveis de uso comercial em favelas
13. Planejamento estratégico no mercado imobiliário
14. Investigações sobre as relações entre a internet e as mudanças estratégicas, exemplificadas no mercado imobiliário.
15. A implementação de uma estratégica de City Marketing como forma de estimular o mercado imobiliário.
16. O registro de imóveis como instrumento para a proteção e o desenvolvimento do mercado imobiliário.
17. Planejamento estratégico na indústria imobiliária. Evidências do mercado.
18. Marketing de relacionamento no mercado imobiliário.
19. Crescimento do mercado imobiliário no DF na última década - Razões desta expansão
20. Preços hedônicos do mercado imobiliária comercial de SP
21. A felicidade não tem preço, tem endereço: condomínios, loteamento e a apropriação da natureza.
22. O processo da formação da imagem de lugares.
23. Apartamentos paulistanos. Um olhar sobre a produção privada recente.
24. O discurso ambiental como elemento diferencial de renda diferencial e ferramente de marketing imobiliário. Um estudo de caso dos anúncios publicitários de imóveis em BH.
25. Marketing e estratégia usada na produção arquitetônica - Uma crítica a produção imobiliária de edifícios na cidade de Santos
26. O marketing estratégico na gestão imobiliária
27. Caracterização das estratégias de produção e marketing no contexto construtivo
28. Os condomínios habitacionais e a valorização do espaço através das estratégias de marketing no estado de SP.
29. Um estudo sobre fatores relevantes na compra do primeiro imóveis residencial na cidade do RJ
30. Arquitetura e propaganda - O marketing na produção imobiliária por incorporação.
31. Mercado imobiliário capixaba - O comportamento de consumo do público classe B e a estratégia de marketing aplicada.
32. O impacto da comunicação e marketing na selecção de imóveis.
33. Uma abordagem preliminar sobre a gestão ambiental e o composto de marketing da construtora Cosil no mercado sergipano.
34. Publicidade imobiliária e sua construção teórica
35. A importância da gestão da marca para o posicionamento da empresa no mercado - Case Norcon
36. Plano de marketing para lançamento de um empreendimento imobiliário
37. A utilização de celebridades como estímulo discriminativo, sinalizando reforço informativo, no comportamento de compra de consumidores da construção civil, em Goiânia.
38. O marketing imobiliário

Reforma judiciária, já


Fonte: Carta Capital

Julgamento da liminar que limitava os poderes do CNJ. Foto: Nelson Jr./SCO/STF
A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), ao provocar o Supremo Tribunal Federal (STF) para declarar a inconstitucionalidade formal de Resolução 135/2011 e da atividade correcional autônoma (originária) exercida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão de controle instalado em 14 de junho de 2005 e nascido de uma reforma do Judiciário que durou dez anos, deu excepcional contribuição para melhor conhecimento, por parte dos brasileiros, da Justiça e dos magistrados, desde o detestável corporativismo até a lerdeza na solução de litígios.
A propósito de duração processual média e o entrave nos negócios, o Banco Mundial analisou 181 países e a morosidade colocou o Brasil no 100º posto. Poderia ser pior, pois fora do cálculo ficaram os precatórios brasileiros, cujos credores já não têm esperança de receber em vida.
Graças à contribuição da AMB, o cidadão brasileiro, que clama há anos pela reforma política, sentiu a necessidade premente de se reformar o Poder Judiciário. E isso passa pela criação nos estados federados, sem prejuízo das corregedorias dos tribunais e do CNJ, de Conselhos Estaduais de Justiça. Conselhos estaduais de controle efetivamente externo, com conselheiros eleitos e recall (cassação popular), que é instituto adotado em alguns estados norte-americanos e nos cantões suíços, isso no caso de o eleito descumprir o compromisso de campanha.
Na reforma não deveria ficar sem debate, com posterior referendo popular, a forma de arregimentação dos magistrados. E seria salutar a adoção de órgãos colegiados em primeiro grau de jurisdição, de modo a reduzir os recursos às instâncias superiores.
Nos EUA, em 40 estados, os juízes e os procuradores em função de ministério público são eleitos por mandato com prazo determinado. Os federais, juízes e procuradores, são escolhidos pelo presidente da República, com investidura condicionada à aprovação do Senado.
A principal crítica ao sistema norte-americano de arregimentação de magistrados diz respeito à verificada ambição por cargos nos legislativos e executivos. Essa sanha carreirista, usando os cargos como trampolim, prejudica a imparcialidade e gera atuação populista. Um exemplo: o procurador eleito por Nova York, Cyrus Vance, mergulhou de cabeça, a partir de 14 de maio de 2011, no caso Dominique Strauss-Kahn, o priapista violento e então poderoso presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI). Mas Vance se acovardou e, ao pedir o arquivamento do caso, recuou com temor de perder, num Júri, o prestígio e não realizar o seu sonho imediato de virar prefeito de Nova York, a exemplo do célebre e ex-procurador Rudolf Giuliani.
O sistema brasileiro de seleção, como regra, é o salutar concurso público, com participação da OAB. Nos tribunais existe, como coisa nossa, o chamado quinto constitucional, porta de acesso a advogados e procuradores aos tribunais superiores e a causar corrida a gabinetes de políticos, a fim de obtenção de patrocínios às candidaturas.
No STF, a escolha é do presidente da República, com aprovação pelo Senado. Essa nossa corte de cúpula nasceu da ideia do imperador Pedro II de adotar o modelo da Corte Suprema dos EUA, e isso só se efetivou na primeira Constituição republicana. O sistema europeu adota, nas Cortes Supremas, mandato não superior a quatro anos e impossibilidade de recondução. Por aqui, o ministro do STF só é obrigado a deixar a cadeira aos 70 anos ou por força deimpeachment. Não está, como seria o ideal, sujeito ao poder correcional do CNJ. E até nepotismo já tivemos quando do governo Collor de Mello.
O sistema europeu privilegia o concurso público, mas, para as audiências de instrução processual e de julgamento, convocam-se jurados leigos para decidir com um número menor de magistrados concursados. Há, portanto, efetiva participação popular, enquanto o Brasil reserva ao cidadão uma atuação com o jurado no Tribunal do Júri. Na Europa, o filósofo europeu da tripartição fundamental dos poderes não teve o prestígio logrado no Brasil. Na Itália, por exemplo, não existe o Judiciário como poder, mas os magistrados têm garantias e um Conselho a protegê-los de perseguições do primeiro-ministro e de parlamentares. Esse sistema é imperfeito, pois muitos se afastam temporariamente da Magistratura para concorrer a cargos políticos: não eleitos, voltam à função primeira.
Por evidente, uma reforma no Brasil deve atacar a morosidade na solução de litígios. Sobre o tempo de duração média processual e de execução para a parte lesada receber o seu crédito, na Alemanha isso leva 394 dias. Na França, o julgamento definitivo de crédito contestado ocorre em 331 dias. No Brasil, a duração do processo é longa e o pagamento, em casos de precatórios, pode levar uma eternidade. A crise do euro já identificou a morosidade judiciária como um dos entraves para o crescimento e a geração de empregos, com reflexo no Produto Interno Bruto dos países. O Brasil ainda não se deu conta disso e o Judiciá-rio caiu na boca do povo.

Espanhóis cumprirão mais exigências para entrar no Brasil



Reciprocidade


10.02.2012 15:50

Por Roberta Lopes*

Reunião entre o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e a ministra dos Assuntos Exteriores e da Cooperação da Espanha, Trinidad Jiménez, no Palácio Itamaraty, em 2011. Foto: Elza Fiúza/ABr
Brasília – A partir do dia 2 de abril, o Brasil passará a tratar os viajantes espanhóis da mesma forma que o serviço de imigração da Espanha trata os brasileiros que tentam entrar no país europeu. De acordo com a decisão do Ministério das Relações Exteriores, serão exigidos dos espanhóis, além do passaporte válido por pelo menos seis meses, passagem de volta com data marcada, comprovação de reserva em hotel ou alojamento e dinheiro suficiente para se manter no país pelo período declarado.
Caso o turista fique na casa de parente ou amigo, terá que apresentar uma carta de quem o convidou informando quantos dias o visitante permanecerá no Brasil. A carta terá que ser assinada pelo anfitrião com assinatura reconhecida em cartório.
Com relação ao dinheiro, o valor mínimo exigido pelo governo brasileiro é R$ 170 por dia de permanência no país.
Os cidadãos brasileiros não precisam de visto para entrar na Espanha, caso a permanência naquele país não exceda 90 dias. Contudo, os critérios para admissão de estrangeiros não foram definidos pelo governo espanhol, mas sim, pelos países signatários do Acordo Schengen, que estabelece requisitos em comum de imigração, informa a Embaixada da Espanha.
Para entrar no país, as autoridades espanholas podem exigir passaporte com validade mínima de seis meses; passagem de avião nominal, intransferível e com data marcada de retorno; comprovante de que o viajante tem recursos financeiros para se manter no país equivalentes a R$ 147 reais por pessoa por dia de permanência ou, no mínimo, R$ 1,3 mil para período de estadia entre um e nove dias.
Até agosto do ano passado,  1.005 brasileiros foram impedidos de entrar na Espanha. Em 2010, o Serviço de Imigração barrou o ingresso de 1.695 brasileiros na Espanha, uma das principais portas de entrada na Europa.
*Matéria originalmente publicada em Agência Brasil

As cinco estratégias que (não) funcionarão para impedir a guerra civil na Síria


no twitter @gugachacra

Se o leitor fosse o Obama, o que faria neste momento em relação à Síria?

1 – Enviaria tropas americanas para tentar estabelecer a paz?
Difícil, os americanos acabaram de sair do Iraque depois de milhares de mortes. Não há clima para ocupação nos EUA e no mundo árabe. Sem falar no risco de não dar certo. Veja o que aconteceu com os marines no Líbano nos anos 1980. E este ano é de eleição. Um revés na Síria pode afetar a popularidade do presidente, que em política externa pode apresentar o troféu Bin Laden

2 – Deixar Assad prosseguir com os massacres?
Até daria inicialmente e este era o plano. Mas o regime sírio está matando demais mesmo para os padrões da região. Ele se transformou no mais sanguinário líder árabe desde a morte de seu pai e da queda de Saddam Hussein. As redes de TV exibem as imagens o tempo todo. O país já está em guerra civil, com choques sectários (sunitas da oposição contra cristãos e alauítas pró-governo). O cenário pode se agravar. E, se Assad vencer (não descartem esta possibilidade), também seria um revés para Obama

3 – Apoiar uma ação militar dos países vizinhos?
Caso a Arábia Saudita envie tropas para a Síria, o Iraque e o Irã devem intervir para defender Assad e poderemos ter uma gigantesca guerra regional. O Líbano também seria sugado para o conflito e dezenas de milhares de pessoas morreriam. Israel também correria risco de ser afetado

4 – Armar os opositores e reconhecer o governo no exílio?
Esta alternativa enfrenta obstáculos logísticos. Primeiro, como chegar até Homs? A costa mediterrânea é alauíta (pró-Assad) e tem uma base militar russa, sendo improvável o uso como via de acesso até a cidade. A fronteira que liga Baalbeck, no Líbano, a Homs é controlada pelo Hezbollah e este não permitiria a entrada de ajuda humanitária e militar. Um corredor vindo da Turquia seria difícil. Precisaria passar por centenas de quilômetros, cruzando Aleppo, segunda cidade da Síria e bastião pró-Assad. Dá apenas para manter o contrabando de armas, como já ocorre atualmente. Mas é insuficiente para lutar contra o Exército

5 – Apoiar um golpe dentro do regime?
Esta é a estratégia que tem ganho força e conta com o apoio indireto russo (que prefere uma sucessão mais organizada). Basicamente, Assad seria “convencido” a ir para o exílio na Argélia, Marrocos ou Emirados Árabes. Em seu lugar, entraria seu vice, Farouq al Shaara. De um lado, ele é do regime, controlado por alauítas e cristãos. De outro, é sunita e daria algumas garantias aos opositores, majoritariamente deste ramo do islamismo. A estabilidade seria relativa, nos moldes do Iêmen. Mas o cenário tenderia a virar o egípcio, onde o regime permaneceu sem Mubarak. Sem falar que estariam no poder justamente as pessoas responsáveis por matar milhares, o que não aconteceu no Cairo. No fim, seria uma solução provisória, até as pessoas esquecerem que a Síria existe e a guerra civil prosseguir sem ninguém prestar atenção. Mais ou menos como o Líbano entre 1984 e 90, a Argélia nos últimos 15 anos, o Iraque e a Líbia atualmente. Obama, pelo menos, lavaria as mãos até as eleições. Esta é a triste realidade

O que eu proponho? Não proponho nada. Acho que a Síria rumará cada vez mais para uma guerra civil sectária de baixa à média intensidade sem data para acabar. Milhares de pessoas morrerão, independentemente do que for feito. Tem situações no mundo sem solução. A Síria é uma delas.